BOLSISTA DO PROUNI: DESEMPENHO ACADÊMICO

Publicado  quinta-feira, 1 de julho de 2010

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação


XI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Centro-Oeste – Brasília – 4 a 6 de junho de 2009

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BOLSISTA DO PROUNI: DESEMPENHO ACADÊMICO MENDES, Rafaela Faculdade Juscelino Kubitschek (Anhanguera Educacional)

Resumo

Trata-se de um ensaio com o objetivo de refletir sobre os alunos bolsistas do Programa Universidade Para Todos (Prouni) comparar os ingressantes com os demais alunos das universidades privadas e mostrar o porquê que estes alunos tiram as melhores notas dentro da instituição e mostrar, o porquê os alunos hipossuficientes tem um bom desempenho ao entrar no mercado de trabalho, também fazer uma pequena comparação com as instituições públicas dentro do pais, cuja sua palavras chaves foi `prouni-bolsistas, `melhor desempenho acadêmico`, `universidades públicas e privadas`.O referencial teórico, breve contextualização referenciada no estudo dos bolsistas do PROUNI e seus desempenhos acadêmicos. Palavras-chave: Prouni-Bolsistas – Melhor desempenho acadêmico – universidades públicas e privadas Introdução No Brasil as maiores notas tiradas nas instituições privadas são de alunos do Programa Universidade Para Todos (Prouni). Qual seria a razão para isso? Para realizarmos essa discussão é necessário apntar alguns referenciais. O Prouni é um programa do Ministério da Educação, criado pelo Governo Federal em 2004, que oferece bolsas de estudos em instituições de educação superior privadas, em cursos de graduação e seqüência de formação. As bolsas estão classificadas em: * Integral: são oferecidas para estudantes que possuam renda familiar, por pessoas de até um salário mínimo e meio (R$622,50); *Parcial de 50% para estudantes que possuam renda familiar por pessoas, de até três salários mínimos (R$ 1.2245,00). Essas bolsas são distribuídas conforme as notas obtidas pelos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Assim, os estudantes que alcançarem as melhores notas no exame terão maiores chances de escolher o curso e a instituição em que desejam estudar. Também, só pode se candidatar ao Prouni, referente ao primeiro semestre de 2009, o estudante que tiver participado do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM de 2008 e obtido a nota mínima de 45 pontos (media aritmética entre as provas de redação e conhecimentos gerais). O Programa Universidade para Todos (Prouni) fez com que quase 60% da população de baixa renda tivesse condição de ingressar no ensino superior; o Instituto de Educação de Brasília (IESB) tem 139 alunos beneficiados pelo Prouni e, nesta Instituição, foi comprovado que as notas desses bolsistas são superiores aos dos demais, além das notas foi feita uma comparação entre as disciplinas de redação, conhecimentos gerais e português, as notas foram bem diferentes portanto, é possível inferir que os alunos do Prouni são pessoas que têm grande vontade de estudar e acabam dando mais valor as bolsas, pois são alunos com vontade de vencer na vida; no primeiro processo seletivo foram 112 mil bolsas parciais e integrais em 1.142 mil instituições de ensino superior de todo o país.

O Prouni, somado á expansão das Universidades Federais e ao Programa de Apoio os Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), amplia significativamente o numero de vagas na educação superior, contribuindo de

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uma das metas do Plano Nacional de Educação, que prevê a oferta de educação superior ate 2011 para, pelo menos 30%dos jovens de 18 a 24 anos. Qual seria, então, a diferença dos alunos do Prouni? Para o Ministro Interino da Educação (MEC) Jairo Jorge: “Vários reitores de universidades privadas têm manifestado satisfação com o desempenho desses jovens, que muitas vezes não entravam na universidade por questão de oportunidade.” Assim, o Prouni acabou se transformando em um programa de políticas afirmativas, programas propostos para enfrentar a questão da exclusão.] Matérias e Métodos Este estudo assume como quadro de referência a dialética. Por dialética compreende-se que dialética que e a contradição de algum fato observado e o ato da atividade do sujeito que a observas. Que e as oposições contraditórias entre o todo e a parte e os vínculos do saber e do agir coma vida social do homem.Em outras palavras,põe-se á prova,as produções teóricas pretensas representações da realidade como via única de conhecimento e verdade(CHIZZOTTI,2001,P.80). A escolha desse método deve-se ao fato que a dialética assegure a lustoricidade e a contextualização seria para o desenvolvimento em tela.

A final, o que importa é garantir as leis da dialética1 ao longo de todo o processo de investigação. Por universo compreende-se o conjunto onde se insere seu objeto de pesquisa, no qual seus elementos,são as instituições públicas,privadas,e os alunos docentes pelo Programa de Universidades Para Todos(PROUNI).Dada a impossibilidade de se levantar toda as informações nestes campos,a amostra será constituída comparando os alunos da Faculdade de Ciências e Tecnologia(FACITEC) e com alguns dados conseguidos através do Ministério de Educação(MEC). Esta pesquisa fará uso da fonte de informações Documentação Indireta e Direta e Observação Direta Intensiva. A Documentação Indireta implica em dois tipos de pesquisa: Documental e Bibliográfica. Por pesquisa Documental compreende-se que a “a fonte de coleta de dados, está restrita a documentos,escritos ou não,constituído o que se denomina Fontes Primarias”.(LAKATOS;MARCONI,2003,p.174).As Fontes de Documentos podem ser encontradas em:arquivos públicos,privados e em fontes estatísticas .Os Documentos escritos referem-se a documentações oficiais,publicações parlamentares,documentos jurídicos,fontes estatísticas,publicações administrativas documentos particulares (LAKATOS;MARCONI,2003). Pesquisa Bibliográfica são Fontes Secundárias, que constituem: imprensa escrita; meio áudio visual; material cartográfico; publicações (LAKATO; MARCONI,p.183-185). Decorrente da Documentação Direta, a presente pesquisa, recorrerá á Pesquisa de Campo. A Documentação Direta [...]constitui-se, em geral, no levantamento de dados local onde os fenômenos ocorrem(LAKATOS; MARCONI, 2003, p.186).

A Pesquisa de Campo não prescinde da pesquisa bibliográfica “[...] ela servirá, como primeiro, para se saber em que estado se encontra atualmente o problema, que

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trabalhos já foram realizados a respeito e quais são as opiniões reinantes sobre o assunto” (LAKATOS; MARCANI, 2003, p.186). A forma de coleta de dados Observação Direta Intensiva poderá ocorrer por meio de duas técnicas: Observação e Entrevista. A Observação é uma técnica valiosa de coleta de dados e informações que “não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em axaminar fenômenos que se desejam estudar (LAKATOS; MARCONI, 2003, p.190) A técnica a ser utilizada nesta pesquisa, se dará por meio de uma observação não estruturada assimétrica, ”na qual o observador não procura um comportamento específico, mas apenas observador e, simplesmente, registra as diferentes ocorrências” (VIANNA, 2003, p.30). Entrevista é [“...] um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional”. (LAKATOS;MARCONI,2003,p.195). A técnica a ser utilizada nesta pesquisa sará uma entrevista assistemática, que “solicitam respostas espontâneas, não dirigidas pelo pesquisador” (GOLDENBERG, 2004, p.89). O método de procedimento a ser usado nesta pesquisa será o Estudo de Caso. Segundo Chiste (2001, p.102), o Estudo de Caso é uma caracterização abrangente para designar uma diversidade de pesquisas que coletam e registram dados de um caso em particular ou de vários casos, a fim de organizar um relatório ordenado e crítico de uma experiência, ou avaliá-la analiticamente, objetivando tomar decisões a seu respeito ou ação transformadora. Objetivos gerais 1) Comparar os ingressantes do PROUNI com os demais alunos das universidades privadas e mostrar o porquê que estes alunos tiram as melhores notas. 2) Estimular as pesquisas nas área do prouni. Objetivos específicos 1) Comparar o desempenho dos estudantes nas IES públicas e privadas; 2) Comparar o desempenho dos estudantes bolsistas do Prouni, nas mesmas IES; 3) Identificar o perfil dos cursistas; O problema e sua delimitação E quanto ao perfil, quem são os estudantes beneficiados pelo Prouni? São estudantes de renda baixa, que estudaram em escolas da rede pública do país ou daqueles que foram bolsistas em escolas do ensino médio e fundamental.

Segundo a fonte do Exame Nacional do Ensino Superior (ENADE) aponta que 10,2% das públicas tiveram nota máxima (5) contra 5,6% das particulares e 28,9% conseguiram (4) contra 23,7% das particulares. O Enade avaliou mais de 386 mil alunos de 5.071 cursos que englobam 15 ares do conhecimento em 1.600 instituições em 871

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municípios dos 26 estados e do Distrito Federal. Somando-se ás duas ultimas edições do exame, foi fechado um ciclo, com a analise de 48 áreas de conhecimento. No Conceito Enade, que varia de 1 a 5 e avalia de forma conjunta o desempenho dos alunos ingressantes e concluintes, 21,2% dos cursos das instituições públicas alcançam nota máxima - contra 1,6% das privadas - e 33,1% tiveram 4 - contra 14,6% das privadas. Entre 2006 e 2007, o número de acadêmicos da rede particular passou de 4,4 milhões para 4,7 milhões enquanto na rede pública subiu de 1,4 milhões para 1,5 milhão. Apesar de não estarem entre as melhores, no ranking das universidades divulgado recentemente pelo Ministério da Educação (MEC), as instituições particulares facilitaram o acesso ao ensino superior, graças à oferta de programas de crédito educativo ou bolsas universitárias e à queda no preço das mensalidades, devido ao aumento do número de vagas. A pesquisa do IBGE que traça o perfil dos cerca de 56,3 milhões de estudantes do Brasil mostra que 10,9% dos estudantes são universitários. Em relação a 2006, o número de alunos do ensino superior cresceu 4,3% e, em relação a 2005, a taxa de crescimento foi de 13,2%. Já o ensino médio sofreu uma pequena queda, de 0,6% em relação a 2006. No Brasil, mais de 250 mil alunos entraram no ensino superior de 2006 para 2007, segundo apontou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados mostram que 76% dos universitários estão matriculados na rede particular de ensino. No Centro-Oeste, esse índice é de 72,5%. Breve referencial da discussão sobre bolsistas do PROUNI: Desempenho acadêmico As instituições privadas do país começaram a ter um desempenho muito fraco, mas o que teria levado a isto? Por que os alunos tiveram péssimas notas na prova do Enade? Os alunos das instituições privadas, em sua maioria, não têm realmente o prazer em estudar, pois estão pagando e não aproveitam o seu dinheiro, hoje no Brasil existem milhares de universidades, faculdades e centros universitários particulares que por terem tantos a qualidade do ensino nestas instituições caiu muito e não há uma cobrança aos estudantes e estes acabam fazendo o que querem dentro das instituições privadas do país. Um grande problema das instituições privadas é que sua formação é bem específica, de acordo com a sua área, em sua grande parte não possui grade do tipo aberta e dificulta pegar matérias que seriam de outros cursos, o desinteresse dos alunos das instituições privadas é nítido, existe um projeto da Universidade de Brasília (UnB), que todo aluno de instituições privadas tem o direito de cursar até 3 matérias na UnB não precisam ser necessariamente matérias ligadas ao seu curso, geralmente poucas das vagas oferecidas são ocupadas.

Agora é hora de pensar na questão pública X particular. Veja os pontos que se deve pesar para se decidir a princípio, as públicas ainda são mais bem vistas no mercado: "Por décadas, elas eram melhores do que as privadas, o que já mudou, mas permanece o estigma", explica Ryon Braga, consultor de gestão de instituições de ensino e presidente da Hoper, empresa especializada em pesquisa e análise de mercado no setor educacional. “Segundo ele, os três fatores que dão maior peso para as públicas são: o fato de serem gratuitas; o diploma ser mais bem visto no mercado e o nível dos colegas ser mais elevado, o que estimula mais o aluno a estudar”. Esse é o primeiro a

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ser levado em consideração. Alguns cursos são mais a cara de uma pública. Outros, de uma particular. Se a sua intenção é seguir a vida acadêmica depois de formado, ou for pesquisador, vá de pública, não tem nem que pensar duas vezes. "A pública deve ser a opção número 1 para quem vai fazer cursos como Ciências Sociais, Ciências Políticas ou ser pesquisador na área de Ciências Biológicas", afirma Ryon Braga. Há boas particulares e boas públicas assim como há particulares picaretas, e públicas caindo aos pedaços, à vantagem do conteúdo de uma particular é que algumas proporcionam parcerias internacionais, viagens de estudos e visitas a empresas. Enfim, uma gama de coisas importantes para formação que a pública não tem como oferecer, faculdades como IBMEC e Fundação Getúlio Vargas (FGV) entre outras, oferecem até dupla certificação, válida em universidades brasileiras e européias elas também inovam com muito mais rapidez a sua grade curricular, o que na pública demora, porém, nas públicas, você terá mais contato com a pesquisa, e estará mais imerso no ambiente do saber, o que é, também, uma grande vantagem. O importante é que: "Certamente, em uma universidade - seja ela pública ou particular -, o aluno vai ter uma formação mais completa, além de ter a oportunidade de fazer pesquisa, e ter um intercâmbio maior de informação com outras disciplinas fora do seu curso", explica Jorge Gregori, coordenador-geral de Orientação e Controle do Ensino Superior do MEC. Na pública, certamente encontrará alunos com o nível sócio-econômico e cultural mais elevado, tem-se um ritmo mais rápido de aprendizado também haverá uma diversidade maior de estilos se bem que vai se deparar, em geral, com alunos mais novos, saindo da adolescência, na particular, vai-se encontrar pessoas mais velha e madura, que já trabalha e "rala" para conseguir pagar a faculdade, mas o estilo das pessoas provavelmente será mais padronizado, e o ritmo de aprendizado mais lento, já que a maioria tem outras preocupações além da faculdade, sua flexibilidade de horário se tem pressa de se formar, ou precisa trabalhar paralelamente à faculdade, desencane da pública, lá vai se deparar com greves e horários malucos. Existem mais pessoas miseráveis negras do que brancas, e entre estas, os negros são os de menor salário e poder aquisitivo; a remuneração para um mesmo cargo é diferente entre negros e brancos. A maioria (na realidade, uma minoria) dos alunos oriundos de escolas públicas que conseguem entrar em uma universidade pública no Brasil é branca, ou seja, mesmo entre aqueles que conseguem vencer a diferença, os negros são minoria. Pois grandes partes dos alunos que estão dentro das IES públicas não são pobres por isso que e muito importante as cotas para negros e para alunos de escola públicos para que assim todos possam ter uma chance de ingressar nas universidades públicas. Existem diferenças sociais e culturais que acabam sendo um obstáculo para esses estudantes vindos da escola pública. De fato, apesar do diploma, o bolsista do ProUni tem diferenças que os tiram dos melhores empregos. O bolsista não tem curso de especialização, não fez um curso de línguas, e isso é uma dificuldade. Assim posto, temos alguns elementos para pensarmos esse novo momento do Ensino Superior no Brasil alicerçado pelo Prouni e, fundamentalmente, pelo ingresso de jovens egressos das Escolas Públicas. O bom desempenho acadêmico, desses estudantes, é a parte perceptível dessa reestruturação. Referências bibliográficas PARRA FILHO, Domingos. Metodologia Científica. 3.ed. Futura.Reimpressão, 4.ed. 2001. SAVIANI, Demerval. A Universidade e a Problemática da Educação e Cultura. Educação Brasileira. Brasília, v. 1, n. 3, p. 35-58, maio/ago.2005.

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LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos da Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas,2003. Cap. 9, p.174-214.
 
por: Rafaela Mendes

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